Nunca amei ninguém assim, como eu te amo




Lá fora a chuva cai. O dia está cinzento e as folhas bailam com a força do vento. Cá dentro, a lareira arde e a música ecoa nos meus ouvidos. Dias de chuva e pintados de cinza são sempre muito reflexivos, de muita introspecção. Eu olho pela janela, observo a paisagem, aprecio a dança das folhas enquanto o vento lhes indica a direção. Dentro de mim um misto de saudade, de alegria, de tristeza e uma vontade imensa de voltar para trás. Vontade de reviver tudo outra vez, de clicar no replay e repetir os dias felizes que vivi, de pôr pausa nos momentos que eu não quero que terminem nunca. Sinto vontade de te abraçar, de parar o tempo e a vida e ficar abraçado a ti por toda a eternidade. Sinto vontade de roubar o tempo, de viajar nele, recuar para trás as vezes que forem necessárias e pular pra frente sempre que entender. Estes dias cor cinza são tão melancólicos. Não dá para não pensar, não imaginar, não recordar, não sentir, não chorar. Não dá. E sempre que olho pela janela, uma saudade infinita do que ainda não vivi apodera-se do meu peito. E choro. Choro por tudo. Pelos momentos incríveis que já vivi, pelos que ainda vou viver, pelas dores que sinto, pelas alegrias que sei que virão. Mas sobretudo choro por saudades. Saudades tuas, saudades do nosso tempo, do nosso futuro, do nosso passado, da nossa vida e de nós.

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Nunca amei ninguém assim. Com toda esta intensidade, durabilidade e profundidade. Nunca amei ninguém que me obrigasse a suportar os dias cinzentos com a confiança de que um dia virarão dias de luz e plenos de felicidade. Nunca amei ninguém que me invadisse a alma desta maneira, que encaixasse tão bem em tudo o que eu sempre quis para mim, como se fôssemos peças chave de um puzzle que só nos pertence a nós. Nunca amei ninguém que me despertasse e me fizesse viver e sonhar e escrever e lutar todos os dias por algo maior que ainda não chegou. Nunca amei ninguém assim, que me faça perder no tempo e me faça viajar nele. Nunca amei ninguém como te amo, com total entrega, com uma certeza absurda e absoluta de que será assim para sempre. Nunca amei ninguém que me desse esta força, esta vontade incontrolável de enfrentar tudo e todos, de derrubar qualquer obstáculo, de superar os dias menos bons para conseguir chegar aos dias de luz. Nunca amei ninguém como te amo, como te amei, como te amarei. Sem tempo, sem hora, sem lugar, com todos os problemas e falhas, com todos os acertos e planos. Nunca amei assim. Nunca vi ninguém amar assim. E nos dias como o de hoje, o amor que mora no meu peito palpita mais e me traz-me a certeza de que aconteça o que acontecer, venha o que vier, nada vai ser mais forte que ele. Nada e ninguém. Amo-te até sempre. Amo-nos para sempre.   

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"«Antes de dizer-te adeus» é um livro que nos faz refletir sobre a vida, sobre a importância de vivermos o presente, sobre o poder milagroso do amor e sobre a tão indesejada morte."

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E enquanto os pensamentos vagueiam pela minha mente, recordo-me das vezes em que, na minha juventude plena e monótona, me sentei no banco do autocarro, encostei a cabeça ao vidro gelado e olhei para a paisagem a desejar que as coisas menos boas desaparecessem à mesma velocidade com que a paisagem passava por mim. Hoje sei que tudo passa. Algumas tempestades demoram mais, vêm com força, destroem algumas coisas, levam outras, mas o importante mantém-se vivo, intocável e indestrutível. Como o meu amor por ti. O tempo passa e altera muita coisa. Mas só o que é verdadeiro se mantém.

Fábio Teixeira

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