DE ALMA E CORAÇÃO
REDES SOCIAIS
INSTAGRAM: @fabioteixeira7
FACEBOOK: http://facebook.com/fabioteixeiraautor
Tantas vezes reparo na extrema velocidade a que o tempo
passa. Observo que coisas que eu julguei terem acontecido há pouco tempo, na
verdade, aconteceram há alguns anos. Mas, a memória é um dos nossos bens mais
preciosos, faz-nos lembrar de quem fomos, os caminhos por onde passamos, as
pessoas com quem nos cruzamos e os momentos que passamos com elas. Faz hoje
nove anos, que vivi, talvez, uma das manhãs mais felizes da minha vida. Não
aconteceu nada demais. Só te revi,
depois de muitos meses sem te ver. Lembro-me de falar contigo todos os dias e
de todos os dias dizermos que tínhamos saudades um do outro. Lembro-me que o
Verão se arrastava e que o dia do nosso reencontro nunca mais chegava. Por fim,
chegou.
14 de setembro de 2009. 9 anos se passaram e na minha memória
ainda vivem todos os detalhes. O meu casaco adidas, o meu relógio branco, a
hora a que o despertador tocou, a primeira pessoa que vi no autocarro, os
telemóveis iguais que tínhamos, a mensagem que enviaste do meu telemóvel, a
dizer «Amo-te», para uma outra pessoa com quem eu trocava mensagens na altura.
Lembro-me do teu sorriso e do meu sorriso. Da nossa alegria – ou só minha – de estar
ali. Recordo-me do nosso passeio junto às piscinas, da conversa sobre o teu
verão e dos planos para o ano letivo que estava a começar. Lembro-me do «Amo-te»,
que disseste quase silenciosamente. Ali, naquela manhã quente de setembro, tão
aguardada por mim, parece que o tempo estava a passar rápido demais. Do nada,
já estávamos sentados na pizzaria, prontos para o almoço. Aí aconteceu aquela
situação inusitada, que até hoje não sei dizer o porquê dela ter acontecido. Pedi
apenas uma pizza. A minha. Rapidamente reagiste, com cara de espanto, e
disseste: «Esqueceste-te de pedir a minha!». Rimo-nos, como tantas vezes
fazíamos. Rimo-nos mais uma vez e planeamos uma amizade sem fim. Planeamos
tudo. E nada saiu como o planeado.
Lembro-me de tudo isto, como me lembro dos passeios com os meus amigos de sempre, sobre as conversas que tínhamos e das partilhas que fazíamos. Lembro-me de tudo o que o meu coração viveu de verdade.
Às vezes, é bom voltar ao passado e recordar estes e outros
bons dias para perceber que houve, afinal, bons momentos. E que a vida é uma
caixinha de surpresas, recheada de momentos, que muitos vezes só valorizamos
depois de eles terem passado. Na simplicidade das coisas, encontramos o que de
mais belo existe na vida. E se hoje, passados tantos anos, ainda tenho as imagens
deste dia na minha memória, é porque, sem dúvida, eu vivi tudo isto de alma e
coração. E no fim de contas, é só isso que importa.
Fábio Teixeira
Comentários
Enviar um comentário