AOS MEUS AVÓS

SIGA-ME NAS REDES SOCIAIS: Instagram: @fabioteixeira7 Facebook: facebook.com/fabioteixeiraautor O vento soprava levemente. O ar estava frio. O sol brilhava por trás das nuvens. As folhas desprendiam-se das árvores e bailavam à mercê do vento. Você estava sentada na cadeira de rodas, com o olhar fixo para a campa daquele que foi o seu amor de toda a vida. Estava em silêncio… durante vários minutos não soletrou qualquer palavra. Horas antes, tinha pedido aquilo que já não pedia há imenso tempo: que a levássemos ao cemitério. Dentro de mim, algo me fez intuir que aquilo era o início da despedida. Abanei a cabeça, pisei firmemente o solo e pensei para mim mesmo: «Tira essa ideia da cabeça!». Acreditei, mesmo contra tudo o que diziam, que você ia aguentar, que ia ficar mais tempo, que ia sobreviver a mais uma batalha. Eu sabia, algo dentro de mim sabia que aquele olhar triste e conformado que me lançou, dois dias depois, naquele quarto de hos...